A língua portuguesa é simplesmente um idioma redundante, pelo menos quanto ao número plural. Muitos usuários da língua aplicam a pluralização do nome à flexão verbal por uma simples natureza de assimilação. Quanto ao verbo fazer, na indicação de tempo, isso não é diferente: fazem dois anos, fazem cinco meses, fazem dez minutos, e por aí vai. Acontece que, de acordo com a gramática normativa, não se pode pluralizar o verbo fazer nessas condições, isso porque os anos, os meses, os minutos, as horas não fazem nada, são apenas complemento do referido verbo. A forma no singular é a considerada correta: faz dois dias, faz cinco meses, faz dez minutos. Só não se deve confundir tal condição com o verbo passar, pois, de fato, os anos passam, as horas passam, os minutos passam. Espera-se que usuário não mais se confunda.
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segunda-feira, 7 de março de 2011
Por que o pretérito mais-que-perfeito recebe essa classificação?
Primeiramente, urge saber que qualquer tempo pretérito revela o passado. O pretérito mais-que-perfeito, caracterizado pela desinência átona -ra, deriva do pretérito perfeito, o qual expressa o passado simples. O mais-que-perfeito tem essa nomenclatura não por simbolizar um tipo de pretérito especial, um passado perfeitíssimo. Recebe essa classificação por contextualizar ações ou estados que se antecipam ao pretérito perfeito (passado simples). Nota-se o seguinte exemplo:
Quando a ambulância chegou, o rapaz já falecera.
Entende-se que ambos os verbos presentes no período expressam ações que já aconteceram, portanto flexões em tempo pretérito. No entanto um acontece primeiro que o outro. Qual? Falecera. O rapaz morreu primeiro, e a ambulância chegou depois. Portanto falecera foi empregada coerentemente, pois, nesses contextos, é o verbo flexionado no pretérito mais-que-perfeito (falecera, por exemplo) que deve ser empregado.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Qual a origem da palavra "amazonas"?
As amazonas eram as lendárias guerreiras da Capadócia que caçavam com lanças enormes sobre um cavalo. Receberam essa nomenclatura pelo hábito de cortar os seios a sangue frio para melhor manusear a lança numa caçada. Do grego mazós, significa seios, e o prefixo a, sem, daí amazona ser mulher sem seio. E por que o maior rio do mundo recebeu esse nome? Segundo alguns historiadores locais, um navegador espanhol passou por aqui antes dos portugueses e, margeando o imenso rio, observou indivíduos de cabelos lisos e longos com armas parecidas com lanças, montados sobre javalis, porcos selvagens. Na verdade, esses indivíduos eram nativos indígenas. Tal navegador, ao compará-los às figuras mitológicas, acabou batizando o caudaloso rio: Amazonas.
Ir a algum lugar ou ir para algum lugar?
É bem comum esses enunciados serem aplicados por simples opção. Acontece que existe ordem para a aplicação de cada um deles. Ir a algum lugar deve ser aplicado nos casos em que o sujeito não pretende residir fixamente, quer dizer, ir mas com retorno. Já ir para algum lugar deve ser expresso quando se tem o objetivo de não mais retornar. Quando se diz que Marcos vai a Itacoatiara, significa que sua intenção é voltar ao lugar de origem, retornar à sua residência, à sua cidade. Ao se exprimir que Marcos vai para Itacoatiara, seu intuito é morar nesse lugar, fixar residência. Embora a Lingüística ateste que ambos estejam corretos independentemente do contexto, a gramática normativa garante que as regras explicadas e exemplificadas acima precisam ser obedecidas. Uma dica: para falar, não há problema em substituir um pelo outro; para escrever, respeitam-se as normas.
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