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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Juntar ou Ajuntar?

Juntar significa unir, amontoar coisas, ajuntar apenas quando se pega um único objeto ou coisa que está no chão. Exemplos: juntar o papel e a caneta; juntar a colher, o garfo e a faca; ajuntar a caneta, ajuntar o garfo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Em que contexto a palavra "que" pode ser um pronome relativo?

A palavra "que" pode ter diversas classificações tanto morfológicas quanto sintáticas. Será um substantivo, por exemplo, quando receber acento circunflexo, antecedido por um determinante (artigo, numeral ou pronome): um quê, meu quê, nossos quês. Respondendo a pergunta do título, o nome "que" será sempre pronome relativo quando se puder substituí-lo por outros pronomes relativos, tais como o qual, a qual, os quais e as quais. Na frase O vaso que quebrou era meu a palavra "que" é  pronome relativo, pois pode perfeitamente ser substituído por o qual: O vaso o qual quebrou era meu.

sábado, 12 de março de 2011

Existe crase na expressão "De segunda a sexta"?

Vários donos de estabelecimentos comerciais expõem em suas fachadas o tempo de atendimento semanal De segunda à sexta, com o sinal indicativo de crase sobre o vocábulo a. Muitas vezes o fazem simplesmente por achar que existe naquele elemento o fenômeno crase, talvez, também por achar que assim fica mais estético. No entanto, não pode ocorrer crase na frase. Isso porque o primeiro elemento, a preposição De, não sofre fusão com nenhuma outra vogal. Nota-se que tal preposição está diante do numeral feminino segunda. Sendo assim, a outra preposição, a, estando diante de sexta, também numeral, fica inviabilizado de ser receber o acento grave. Se não há fusão na primeira preposição, também não há na segunda. O enunciado estaria correto de duas formas, De segunda a sexta ou Da segunda à sexta. Observa-se que a segunda frase correta é introduzida pelo elemento Da, fusão da preposição De com a vogal a, por isso acontecendo a crase em seguida. É preciso que comerciantes saibam disso, senão vão continuar a grafar o enunciado de maneira incorreta.       

quinta-feira, 10 de março de 2011

Aonde ou Onde?

Emprega-se o aonde com os verbos que expressam idéia de movimento, deslocamento. Para isso é necessário que os verbos venham a reger a preposição a: Ele voltou aonde nasceu; Vou chegar aonde quis. Vale lembrar que existem verbos que indicam deslocamento, mas que não regem a preposição a: O menino nadava onde meu filho se afogou. Já o vocábulo onde é empregado nos demais casos: Onde você estava?; João mora onde eu já morei.  

O que são verbos regulares?

Verbos regulares são aqueles cujos radicais não sofrem alteração em sua estrutura formal básica,  flexionando-se de acordo com o modelo de conjugação a que pertencem. Conhece-se o radical de um verbo isolando as terminações -ar, -er ou -ir da forma infinitiva: o radical do verbo cantar, por exemplo, é cant-; vender, é vend-; partir, part-. Para saber se um verbo é regular ou não, basta conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo ( passado simples). Se ele for regular nesses dois tempos, será regular nos demais. Assim, os verbos cantar e vender são regulares, pois, ao serem conjugados nos tempos citados anteriormente, o radical dos mesmos não é modificado:
  Presente do Indicativo                      Pretérito Perfeito
canto             vendo                           cantei             vendi            
cantas           vendes                           cantaste         vendeste      
canta             vende                            cantou            vendeu        
cantamos      vendemos                      cantamos        vendemos        
cantais          vendeis                          cantastes         vendestes       
cantam         vendem                          cantaram         venderam     

segunda-feira, 7 de março de 2011

Faz dois anos ou fazem dois anos?

A língua portuguesa é simplesmente um idioma redundante, pelo menos quanto ao número plural. Muitos usuários da língua aplicam a pluralização do nome à flexão verbal por uma simples natureza de assimilação. Quanto ao verbo fazer, na indicação de tempo, isso não é diferente: fazem dois anos, fazem cinco meses, fazem dez minutos, e por aí vai. Acontece que, de acordo com a gramática normativa, não se pode pluralizar o verbo fazer nessas condições, isso porque os anos, os meses, os minutos, as horas não fazem nada, são apenas complemento do referido verbo. A forma no singular é a considerada correta: faz dois dias, faz cinco meses, faz dez minutos. Só não se deve confundir tal condição com o verbo passar, pois, de fato, os anos passam, as horas passam, os minutos passam. Espera-se que usuário não mais se confunda.

Por que o pretérito mais-que-perfeito recebe essa classificação?

Primeiramente, urge saber que qualquer tempo pretérito revela o passado. O pretérito mais-que-perfeito, caracterizado pela desinência átona -ra, deriva do pretérito perfeito, o qual expressa o passado simples. O mais-que-perfeito tem essa nomenclatura não por simbolizar um tipo de pretérito especial, um passado perfeitíssimo. Recebe essa classificação por contextualizar ações ou estados que se antecipam ao pretérito perfeito (passado simples). Nota-se o seguinte exemplo:
Quando a ambulância chegou, o rapaz já falecera.
Entende-se que ambos os verbos presentes no período expressam ações que já aconteceram, portanto flexões em tempo pretérito. No entanto um acontece primeiro que o outro. Qual? Falecera. O rapaz morreu primeiro, e a ambulância chegou depois. Portanto falecera foi empregada coerentemente, pois, nesses contextos, é o verbo flexionado no pretérito mais-que-perfeito (falecera, por exemplo) que deve ser empregado.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Qual a origem da palavra "amazonas"?

As amazonas eram as lendárias guerreiras da Capadócia que caçavam com lanças enormes sobre um cavalo. Receberam essa nomenclatura pelo hábito de cortar os seios a sangue frio para melhor manusear a lança numa caçada. Do grego mazós, significa seios, e o prefixo a, sem, daí amazona ser mulher sem seio. E por que o maior rio do mundo recebeu esse nome? Segundo alguns historiadores locais, um navegador espanhol passou por aqui antes dos portugueses e, margeando o imenso rio, observou indivíduos de cabelos lisos e longos com armas parecidas com lanças, montados sobre javalis, porcos selvagens. Na verdade, esses indivíduos eram nativos indígenas. Tal navegador, ao compará-los às figuras mitológicas, acabou batizando o caudaloso rio: Amazonas.

Ir a algum lugar ou ir para algum lugar?

É bem comum esses enunciados serem aplicados por simples opção. Acontece que existe ordem para a aplicação de cada um deles. Ir a algum lugar deve ser aplicado nos casos em que o sujeito não pretende residir fixamente, quer dizer, ir mas com retorno. Já ir para algum lugar deve ser expresso quando se tem o objetivo de não mais retornar. Quando se diz que Marcos vai a Itacoatiara, significa que sua intenção é voltar ao lugar de origem, retornar à sua residência, à sua cidade. Ao se exprimir que Marcos vai para Itacoatiara, seu intuito é morar nesse lugar, fixar residência. Embora a Lingüística ateste que ambos estejam corretos independentemente do contexto, a gramática normativa garante que as regras explicadas e exemplificadas acima precisam ser obedecidas. Uma dica: para falar, não há problema em substituir um pelo outro; para escrever, respeitam-se as normas.